24 de fevereiro de 2010

Coisas que a gente nunca esquece....

Um vez ouvi uma frase que dizia que a vida da gente é como uma sequência de imagens. Acho que às vezes não conseguimos tirar aquela imagem da cabeça e ela vira o que podemos chamar um quadro que fica permanentemente pendurado na parede da nossa memória. Eu tenho diversos quadros, e é sobre alguns deles (apenas os positivos) que venho escrever hoje.


Em um quadro eu dou banho no meu irmão Paulinho quando ele tinha aproximadamente 1 ano de idade, ele brinca com a água, sorri e eu fico toda molhada dando trela para a brincadeira dele (que quadro lindo, que saudade!);


Em outro, nós estamos (eu e Paulinho) enchendo os balões para seu aniversário de um ano, um dos balões solta da minha boca e sai voando pela casa e ele ri uma risada gostosa e isso faz com que eu repita a mesma ação várias e várias vezes;


Outro: Minha vó está em pé, encostada na grade da entrada da casa dela que é feita de ferro e tem vários espeços vazios em uma barrinha e outra de ferro que são preenchidos por sua barriga...é nesse espaço com a barriga dela que eu futuco e futuco sem parar e ela ri e em nenhum momento me pede para parar.


Tem um, que estamos, meus primos e eu, na casa do meu avô no São João, ao redor da fogueira, jogando "traquis" e bombinhas escondido porque ele não deixava a gente brincar com fogos.

Noutro, estou chegando de ônibus na rodoviária de Brasília vindo sozinha de Jacobina, depois de ter passado grande parte da viagem chorando (rs) e encontro Alisson me esperando. Aliás, que rodoviária feia, rs.


O último, o mais recente dos quandros foi pintado numa praia, Barra do Jacuípe, Bahia, na passagem para este ano, na imagem podemos ver o brilho dos fogos pipocando no céu, as ondas do mar batendo na praia, um rapaz moreno segura uma caixinha preta com alianças dentro e na areia está escrito " Te amo, casa comigo!". Eu, por sua vez, estou com os olhos cheios de lágrimas e dizendo um sonoro SIM.

Tá vendo só, neste momento lembrei de apenas esses quadros, mas tenho muitos outros guardado na minha memória, uns tão bons quanto estes e outros nem tanto. Mas a vida é assim, nós nos constituímos nesse processo de relações, que criam quadros que jamais poderão ser destruídos.




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