16 de dezembro de 2012

Encontros e Despedidas.

"Mande notícias do mundo de lá
diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
estou chegando..."



Sempre gostei dessa cancão e nesses dias ela tem feito ainda mais sentido ao meu coração. 

Como é difícil partir, tanto quanto ficar. Já estive nos dois lugares. 

É sufocante você olhar uma pessoa que ama, que precisa ter ao seu lado ir se afastando, seja num ônibus, carro, num embarque em aeroporto. 

Já fiquei vendo o amor da minha vida entrando em um ônibus que se atrasara bastante e fizera crescer no meu coração a esperança que ele não iria mais. Isso há uns sete anos e meio. A sensação era que nunca mais nos veríamos e o sentimento era de como o tempo que passamos juntos tinha sido curto e como o mundo era injusto.

Mas ele voltou. Tudo ficou intacto. 

Depois foi minha vez de partir. Mas a cena que se formou fora outra: enquanto meu ônibus se afastava eu via pelo vidro as imagens da minha mãe e do meu irmão chorando (essa pequena memória me acompanha até hoje). Isso depois de despedir-me de minhas amigas, da minha família, da minha cidade. Foi dureza. E assim era cada vez que eu ia passar minhas férias lá e chegava o momento de deixá-los mais uma vez. Era doloroso levantar da cama no dia que marcava esse "outra vez". Mas eu conseguia, mesmo que a trancos e barrancos. 

E assim passaram-se os anos. Demorei a me acostumar a esses novos ares da capital federal. Demorei a fazer amigos. Mas os fiz...duas grandes amigas na verdade: Alessandra e Fabíola. E tudo ficou mais fácil. Era mais gostoso saber que eu tinha para quem voltar. Além daquele namorado que vi partir anos atrás - uma das razoes para eu estar aqui  - tinha duas pessoas que eu precisava encontrar, das quais eu também necessitava.

E, outra vez, digo "tchau, até mais". É penoso! E nunca melhora! Apesar de saber que é um "até logo", dói demais. Vêm as lembranças. O quanto que aprendi com essas duas não pode ser mensurado. Eu não seria eu sem elas. Sério! Acho que foi difícil encontrá-las, justamente porque o que é bom tem que ser conquistado, tem que valer a pena e ser valorado.

Mas o que eu queria de verdade, era nunca ter que deixar ninguém. Desejaria poder levar todos aonde quer que eu fosse. Mas seria um tanto egoísta, kkkkkkkkkkk. Então, agradeço por tê-las na minha vida. Por levar um pedacinho de cada uma em mim. E deixar minha marca nelas. Agradeço, pois aqui ou no mundo de lá eu tenho para quem voltar! Agradeço por ter sido abençoada com amizades únicas! Aqui e lá.

Uma coisa aprendi, despedidas não são para sempre e os encontros não são eternos. Mas precisamos passar por eles no processo de nossa construção enquanto seres humanos.

Um comentário:

gabrielvoyage disse...

ah... denada pela visita!

vou comentar pela foto, pq gostei muito! As meninas andando no trilho.